PREMIAÇÃO

A pesquisadora Carolina da Silveira Bueno, doutora pelo Instituto de Economia da Unicamp, teve seu projeto “Paradigma emergente, fronteiras tecnológicas e o desenvolvimento industrial de energia de baixo carbono no Brasil”, selecionado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A pesquisa é composta por dois grandes temas: a) redes de conhecimento científico e tecnológico e as oportunidades de desdobramento para o desenvolvimento de uma indústria de baixo carbono; b) utilização de alta tecnologia de segunda e terceira geração em resíduos e biomassa e o desenvolvimento desse mercado no Brasil. O projeto tem a supervisão da professora Telma Teixeira Franco (NIPE-Unicamp) e conta com a colaboração de vários pesquisadores, entre eles o professor José Maria da Silveira (IE-Unicamp), Leonardo Brantes Bacellar Mendes (CENPES) e Rubens Lamparelli (NIPE-Unicamp).

A pesquisadora afirma no resumo da proposta submetida que a atratividade de uma economia de base biológica depende principalmente de tecnologias de redução das emissões de gases de efeito estufa e da substituição de recursos fósseis, consequentemente aumentando a independência energética. No entanto, o Brasil tem sido considerado uma fonte de recursos básicos, como terra e biomassa. “Diante disso, a proposta de pesquisa é analisar o desenvolvimento da indústria de bioenergia no Brasil. São dois os pontos fundamentais sobre este projeto de pesquisa: 1) analisar as redes de colaboração de conhecimento científico e tecnológico para caracterizar as fronteiras tecnológicas da bioenergia, e 2) avaliar o desenvolvimento do mercado de bioenergia no Brasil a partir dessas novas tecnologias”.

Pretende-se: i) analisar a dinâmica das redes de pesquisa de conhecimentos emergentes em bioenergia em nível nacional e internacional; ii) estudar as fronteiras tecnológicas nas principais áreas de pesquisa da bioenergia; iii) avaliar os impactos socioeconômicos da bioenergia para as regiões brasileiras; iv) caracterizar a fase de desenvolvimento industrial da bioenergia no Brasil (fase de mercado). Seus resultados são de fundamental importância na orientação de políticas públicas para a transição sustentável, na medida em que permitem avaliar, entre outros fatores, os impactos do conhecimento científico e tecnológico na formação de uma indústria de bioenergia no Brasil, completou Carolina Silveira.

O projeto de pesquisa refere-se à cooperação entre o grupo de pesquisa formado entre o Núcleo de Economia Aplicada, Agrícola e do Meio Ambiente (NEA/Unicamp), Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (NIPE /Unicamp) e o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES / Petrobras Biocombustíveis) que vem estudando as redes complexas de áreas emergentes há pelo menos 6 anos.