DOWNLOAD

Autor: Fernando Nogueira da Costa

Vivemos um ano difícil em 2019. Em termos políticos, sociais e econômicos é lastimável. Nestas circunstâncias, quem puder contribuir para o debate público sem discurso de ódio e com racionalidade científica deve fazê-lo como cidadão consciente em defesa dos direitos civis e demais sob o Estado de Direito.

Percebi, em dezembro, ter escrito mais 50 artigos nos últimos cinco meses. Eles estão reunidos neste volume sob os temas dos cinco capítulos.

O primeiro, Vai Passar, é um grito de esperança – e de lembrança de vivermos a transição de um ciclo evolutivo, infelizmente, em fase de crise da democracia e da economia.

O segundo trata, justamente, de recordar e divulgar as principais Teorias do Ciclo Econômico.

O terceiro sintetiza as ideias em debate na Polarização Política, vivenciada atualmente entre a esquerda democrática e a extrema-direita. A primeira propõe uma Frente Ampla Progressista com indivíduos do centro ideológico para isolar os adversários e superar suas ameaças à democracia brasileira.

O quarto capítulo já tinha sido publicado no Portal do IE-UNICAMP como Texto para Discussão intitulado “Desacontecimentos e Desconhecimentos: Subversão das Ideias”. Seu objetivo é reunir argumentos em defesa da hipótese de a economia mundial, inclusive a brasileira ainda sem ter ultrapassado totalmente a fase de desalavancagem financeira, estar em uma fase cíclica de “empurrar corda”, pré-normalização. Posteriormente, talvez sob um novo governo social-desenvolvimentista, reunirá as condições para retomada de alavancagem financeira em novo ciclo de endividamento.

O último capítulo foi antes publicado também como Texto para Discussão do IE-UNICAMP sob o título “Que país é este? Dimensões da Desigualdade Social”. Ele reúne dados em defesa da hipótese de a desigualdade imperante na sociedade brasileira se tornar mais compreensível ao ser analisada como um sistema complexo configurado a partir de interações de múltiplos componentes.

A supremacia branca atua contra os descendentes de escravos ainda por conta da herança histórica patriarcal, racista, misógina e homofóbica. A vocação agrícola também é imperante como fosse um destino contra o desenvolvimentismo industrializante. Todos esses componentes se misturam com concentração fundiária, desigualdade educacional, acesso limitado a serviços públicos de qualidade, entre outros fatores concentradores da renda.

É necessário ampliar o foco da análise de fluxos de renda para o levantamento dos estoques de riqueza. Ainda sem dispor de informações sobre a riqueza imobiliária, este trabalho de investigação pode contribuir para dar conhecimento de dados sobre a riqueza financeira. Muitos pesquisadores da desigualdade social brasileira, não especialistas em Finanças, os desconhecem.

Acrescentei, para maior contraste da riqueza com a pobreza brasileira, artigo escrito recentemente sobre o “mundinho exclusivo do mercado de luxo”. Conclui com uma reflexão pessoal sobre os Ciclos da Vida.