Carmen Feijó, Fernanda Feil e Fernando Amorim Teixeira | Carta Capital

 

O recente artigo publicado[1] pelo presidente e pelo vice-presidente da República sobre um projeto de neoindustrialização para o País atesta a relevância, para o atual governo, sobre a necessidade de reindustrializar o Brasil. Assim, se, por um lado, o acentuado recuo da indústria de transformação na matriz produtiva nacional nas últimas décadas tem levantado o debate sobre as consequências negativas do processo de desindustrialização no dinamismo da economia, por outro lado, a transição para uma economia verde e sustentável, uma prioridade global, coloca qualquer projeto de reindustrialização da economia brasileira comprometido de forma efetiva a sustentabilidade ambiental.

Desta forma, a reindustrialização sustentável da economia brasileira nos anos 2020 deve enfrentar os desafios da transição climática, conforme acordos internacionais sobre clima e biodiversidade, ao mesmo tempo em que deve recuperar o espaço de política econômica para implementar o projeto de modernização do parque industrial e aumentar a produtividade da economia. Ou seja, debater a reindustrialização implica investigar qual indústria queremos e os meios para atingi-la.

A desindustrialização brasileira levou à especialização na produção de commodities intensivas em recursos naturais. Resultados dessa especialização são nossa baixa produtividade agregada e nossa elevada dependência dos movimentos internacionais de preço das commodities. Por isso, países subdesenvolvidos como o Brasil são mais vulneráveis às crises climáticas, e essa vulnerabilidade aumenta os riscos físicos de perdas econômicas e dificulta a retomada do crescimento econômico.

 

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