João P. Romero, Danielle Carvalho, Arthur Queiroz e Ciro Moura | Le Monde Diplomatique

 

Nos últimos anos, acumularam-se evidências a respeito dos efeitos positivos do aumento do nível de complexidade econômica para o desenvolvimento econômico. Os resultados seminais de Hausmann e co-autores apontaram que o aumento da complexidade prevê crescimento significativo da taxa de crescimento da renda per capita no futuro. Hartmann e co-autores mostraram ainda que a elevação da complexidade contribui também para reduzir a desigualdade de renda. Por fim, os estudos de Mealy e Teitelboym e Romero e Gramkow apontaram que maior complexidade conduz também à redução de impactos ambientais.

O índice de complexidade econômica (ICE) mede o nível de conhecimento produtivo presente em cada economia. Economias complexas são aquelas competitivas em um número elevado de indústrias nas quais poucos países são especializados. Em outras palavras, elevada complexidade está relacionada à diversificação produtiva em setores de menor ubiquidade.

Para entender os movimentos da complexidade da economia brasileira, portanto, torna-se crucial monitorar os movimentos das exportações. Com esse intuito, o Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas e Desenvolvimento (GPPD), do Cedeplar-UFMG, elaborou uma Nota Técnica intitulada “Mudanças no Padrão de Exportações Brasileiras entre 2016-2020: o Brasil na contramão do mundo”, analisando a evolução da composição das exportações brasileiras nos últimos cinco anos.

 

Leia o artigo completo aqui: https://diplomatique.org.br/o-brasil-na-contramao-do-mundo-politicas-predatorias-em-detrimento-do-desenvolvimento/