Marta Castilho e Fernando Sarti | Diplomatique Brasil
O entendimento das profundas mudanças nos fluxos internacionais de comércio e de investimentos nas últimas três décadas, refletidos na expansão das redes globais de valor e nas novas estratégias corporativas de geração e captura de valor, é fundamental para balizar as ações e negociações de política comercial e externa. Essas transformações ampliaram os riscos e oportunidades para as economias periféricas como o Brasil. Uma política externa ativa e soberana com os principais parceiros dentro das regras da institucionalidade internacional (OMC, G-20, Banco Mundial, Banco dos Brics e outras organizações regionais) contribui para reduzir os riscos e capturar as oportunidades. No que se refere à esfera comercial, uma inserção externa virtuosa nas redes regionais e globais de comércio pressupõe ganhos constantes de competitividade, cada vez mais associados ao desenvolvimento tecnológico, e a uma política comercial e externa adequada e funcional.
O novo governo já sinalizou qual será a tônica de sua política externa. Os caminhos da política comercial e externa brasileira têm aparecido em pronunciamentos formais e informais e também nas nomeações de membros do futuro governo. O que sobressai de todos esses sinais é uma clara mudança de direção e de prioridades na política externa brasileira – e, obviamente, na política comercial –, com reflexo sobre as relações comerciais do país.
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