Luiz Gonzaga Belluzzo | Le Monde Diplomatique
Vejo e ouço as sabedorias da turma da Globonews e da CNN a ruminar as perplexidades com o pagamento dos precatórios. O espanto dos sábios da telinha foi provocado pela dificuldade de o governo Bolsonaro encontrar os recursos necessários para financiar a Renda Brasil prometida por Paulo Guedes.
Nas falas de uns e nas conjeturas de outros está homiziado o Teto de Gastos, em sua inexpugnável, mas sempre ameaçada, solidez. Uma vez trincada a cobertura, dizem eles, a economia se precipitaria nos abismos da hiperinflação e da desgraça dos pobres e paupérrimos.
Quando aponto os controles para os dois canais de notícias fico empolgado, na esperança de fruir os ensinamentos do “nosso timaço de comentaristas”, solenemente anunciados pelas âncoras ou pelos âncoras da variada programação. Isso para não falar do deleite em observar o desfile de elegância protagonizado por senhoras e senhores da notícia.
Devo admitir: quando ouço perplexidades travestidas em expressões do tipo “não sei de onde vão tirar o dinheiro”, sou tomado pela tentação de invadir o terreno da ficção econômica. Sugiro aos simpáticos jornalistas pedir emprestado a Steven Spilberg o uniforme do Indiana Jones e estimular um ilustre economista de mercado a vestir a fatiota de Indiana Jones, além de instigar no Farialimer o destemor de Harrison Ford em seu enfrentamento com múmias e demônios.
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