Luiz Fernando de Paula e Norberto Montani Martins | No Brasil Debate
Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, em 3 de maio, o economista Pérsio Arida sustenta que o crescimento da dívida pública para enfrentar os efeitos da crise associada à pandemia do Covid-19 é inevitável, mas isso não seria um problema em si. Para o autor, a questão fundamental é que os agentes percebam que a dívida pública, no longo prazo, segue uma trajetória sustentável e não explosiva.
A ausência dessa percepção traria consequências indesejadas, como a perda de confiança, o aumento dos riscos, a depreciação do Real e a escassez de investimentos. Para evitar estes efeitos, Arida defende dois “cuidados”: uma ampla agenda de austeridade fiscal e a contenção do custo da dívida. Neste último caso, o autor supõe que existe uma relação positiva entre o tamanho da dívida e a remuneração que os agentes requereriam dos títulos públicos para mantê-los em seu portfólio.
Segundo essa interpretação, tão logo a pandemia fosse superada, deveríamos reunir esforços para retomar o teto de gastos, reduzir a parcela do orçamento público absorvida pelos salários dos servidores e pela previdência, e implementar uma agenda de aumento da produtividade. Essa agenda seria pautada na abertura comercial e de serviços, num programa de privatizações de envergadura e na retomada das reformas administrativa e tributária, além da provisão de educação pública de qualidade.
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Devemos voltar à austeridade fiscal no pós-pandemia de coronavírus?
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