Alberto Gabriele e Elias Jabbour | Diplomatique Brasil
Artigo recente publicado na agência Xinhua (1), assinado por Zheng Xin e Wang Xiuqiong chama a atenção a um tema/questão cada vez mais recorrente entre os economistas, sobretudo heterodoxos: dado o longevo, robusto e resiliente crescimento econômico por quase quatro décadas, o caso chinês já pode ser considerado como um paradigma, nomeado, conforme os autores do artigo, “Sinomics”?
O artigo, na verdade, é um tanto quanto sem profundidade, mas guarda o mérito de ao expor a visão de alguns dos mais renomados economistas chineses de lançar luz à forma como os próprios economistas chineses tem tratado o desenvolvimento recente de seu próprio país. A principal referência intelectual do artigo, o professor Li Daokui – ex consultor do Banco Mundial – faz uma observação interessante, onde coloca como “obrigação dos economistas contemporâneos chineses sintetizar as novas teorias surgidas nas últimas décadas em linguagem compreensível ao restante do mundo (…)”.
Sobre as novas teorias surgidas, o artigo indica as influências intelectuais sobre o professor Li, dentre as principais, “o marxismo, as teorias ocidentais sobre a economia de mercado e o legado do pensamento dos clássicos chineses”. O texto ainda chama a atenção a observações de outros economistas chinesas indicando direção semelhante ao do professor Li.
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