Rosely Rocha | DaCUT

Se o Congresso Nacional aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL/RJ), milhões de trabalhadores e trabalhadoras não vão conseguir se aposentar.

A situação já é dramática para 34,3 milhões de trabalhadores que estão no mercado de trabalho, mas não têm carteira assinada, são informais ou autônomos e não estão contribuindo com o INSS porque não têm renda, segundo a pesquisa do PNDA Continua do IBGE, de 2018.

"As propostas de reforma da Previdência e da carteira verde amarela, que vêm sendo vazadas pela imprensa, vão excluir ainda mais do sistema previdenciário os trabalhadores informais do país, que hoje são quatro de cada 10", afirma o professor José Dari Krein, do Centro dos Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) do Instituto de Economia da Unicamp.

Krein lembra ainda que o modelo de capitalização chileno em que os trabalhadores contribuem com 10% ao mês, paga hoje aos idosos menos de 40% do que eles contribuíram. Com a carteira verde amarela, o trabalhador brasileiro vai contribuir com 8,5% e o governo com outros 8,5%. O total de 17% de contribuição baseado num sistema de capitalização vai dar uma renda de no máximo 60% daquilo que a pessoa contribuiu a vida inteira.

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