MÍDIA
O mercado de trabalho brasileiro apresenta sinais positivos no segundo trimestre de 2024, de acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego caiu para 6,9%, atingindo o menor patamar desde 2014. Este cenário otimista é acompanhado por um número recorde de pessoas empregadas e quedas significativas tanto no subemprego quanto no total de profissionais que haviam desistido de procurar trabalho.
Marcelo Manzano, professor do Instituto de Economia da Unicamp, foi consultado pela reportagem do UOL para analisar estes dados. Ele destaca os desafios para alcançar o pleno emprego no Brasil, enfatizando a necessidade de reduzir três grupos principais: os desalentados, que abandonaram a busca por trabalho devido à falta de condições ou perspectivas; os subutilizados, que trabalham menos horas do que gostariam; e os trabalhadores por conta própria, que ainda representam uma parcela significativa da economia. Apesar de reconhecer que o número de desalentados continua elevado, Manzano expressa surpresa positiva com a recente redução desse contingente, sinalizando uma tendência de melhora no cenário laboral brasileiro.
Apesar das melhorias, o IBGE aponta que menos de 40% da população com 14 anos ou mais está ocupada, indicando que ainda há desafios a serem superados. O número de pessoas em busca de emprego caiu para 7,54 milhões, uma redução expressiva de 12,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Entretanto, o subemprego continua sendo uma preocupação. Mais de 5 milhões de trabalhadores estão em situação de subocupação, trabalhando menos horas do que gostariam. Além disso, a força de trabalho potencial, que inclui pessoas que não estão nem ocupadas nem desocupadas, mas poderiam trabalhar, totaliza 6,4 milhões.
Estes dados refletem uma tendência de recuperação do mercado de trabalho brasileiro, mas também evidenciam a necessidade de políticas contínuas para promover a inclusão e a qualidade do emprego no país.
Para mais detalhes sobre esta pesquisa, acesse a matéria completa no UOL Economia: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/08/05/subempregos-e-desanimo-para-buscar-trabalho-recuam-no-2-trimestre.htm