MÍDIA
Carina Brito | PEGN
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (31/1) queda de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, que chega a 11,25% na primeiro encontro de 2024. O indicador é o parâmetro que os bancos comerciais utilizam para oferecer crédito. “Esse corte tem impactos importantes para as pequenas e médias empresas que têm um grande desafio de acesso ao crédito. Elas têm menos opções de empréstimos e capacidade de resposta aos juros altos, então a redução é especialmente boa”, diz Joelson Sampaio, professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Certos indicadores colaboram para que a taxa básica de juros continue caindo, dizem os especialistas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2023 com alta acumulada de 4,62%, resultado que ficou dentro do intervalo da meta da inflação — 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. A previsão do Boletim Focus é que o indicador termine o ano em 3,81%. Para 2025 e 2026, a expectativa é de 3,5%.
Pontos como a nova política industrial, anunciada na última semana, com o investimento de até R$ 300 bilhões em ações de neoindustrialização até 2026, ainda podem impactar o cenário. “O BNDES fará uma expansão do crédito que, naturalmente, amplia a atividade econômica. Isso forçaria o Banco Central a ter uma taxa de juros mais elevada”, explica Pedro Paulo Bastos, professor associado do Instituto de Economia da Unicamp.
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