MÍDIA

Por Marcelo Roubicek | No Nexo

As perdas humanas decorrentes da pandemia do novo coronavírus crescem a cada dia. Em diferentes países, muitos dos quais já contabilizam milhares de vítimas, há previsões de o total chegar a dezenas ou até centenas de milhares de mortes. Mesmo com medidas de distanciamento social que tentam frear o número de doentes, sistemas de saúde ao redor do mundo dificilmente passarão ilesos – o que levará a um número de mortos inevitavelmente maior.

Também sabe-se que a economia vai sofrer um grande abalo, já visível em diversos lugares. Com fechamento de comércios e a adoção de quarentenas, as pessoas saem menos de casa e o consumo cai drasticamente, o que afeta negativamente empresas de todos os portes. O desemprego aumenta, resultando em uma queda ainda maior do consumo e em uma espiral descendente da economia. Não à toa, as expectativas de órgãos internacionais são de uma forte recessão global em 2020.

Em meio a um cenário de crise sem precedentes no século 21, iniciou-se uma discussão no Brasil e no mundo sobre se, mesmo diante da rápida disseminação da covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, o Estado deve adotar medidas que ajudam a frear a crise sanitária mas prejudicam a economia. Entre os argumentos a favor dessa visão está a perspectiva de as perdas econômicas serem potencialmente ainda mais profundas que as causadas pela crise de saúde.

A professora de economia da Unicamp Simone Deos reconhece que há tentativas de fazer cálculos do tipo. Ela alerta, porém, que é impossível calcular de fato o valor de uma vida: “A vida humana está acima de qualquer coisa, ela é incalculável. Seu valor é imensurável.”

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