MÍDIA

 

Anaís Motta | UOL 

 

O plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência, promete reverter mudanças instituídas em governos anteriores e retomar políticas de gestões petistas consideradas bem-sucedidas, como o reajuste acima da inflação para o salário mínimo e o Bolsa Família. Para especialistas ouvidos pelo UOL, as medidas são viáveis e podem ser colocadas em prática, mas algumas "não cabem" dentro da atual regra do teto de gastos e ainda enfrentariam resistência política e de empresários.

A reportagem conversou com Simone Deos, professora do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); Juliana Damasceno, economista-sênior da Tendências Consultoria; e Pedro Menezes, economista e fundador do Instituto Mercado Popular.

Simone Deos, da Unicamp: "Todos os reajustes que foram dados [no governo Bolsonaro] não recuperaram a perda inflacionária. Mas tem muita batalha política aí. Deve haver também uma resistência das empresas e dos empregadores, porque o salário significa um custo para as empresas. Mas do ponto de vista da economia agregada, quanto maior a massa salarial, maior é a demanda de consumo das famílias. E isso vai gerar mais receita para as empresas."

 

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