MÍDIA

 

Bruna de Lara | The Intercept Brasil

 

“O QUE ELES CHAMAM de amor, nós chamamos de trabalho não pago”. É assim que a historiadora italiana Silvia Federici define há décadas o trabalho de cuidado realizado pelas mulheres. Quando ela esteve no Brasil em 2018, ocasião em que a entrevistei, qualquer conversa séria sobre o tema pareceria loucura.

Vivíamos os dias derradeiros do governo Michel Temer, que aboliu a Secretaria de Políticas para Mulheres e precedeu a sucessão de tragédias que viriam com Jair Bolsonaro, Damares Alves e seu Brasil dividido em azul e rosa – um país em que o papel das mulheres como cuidadoras foi enaltecido com palavras, mas absolutamente desvalorizado no plano das ações.

Ainda vivemos nesse Brasil que naturaliza a exploração do trabalho feminino dentro do lar e da família, colocando sobre suas costas 9,6 horas semanais de trabalho doméstico e de cuidado a mais do que sobre as dos homens. Mas as coisas podem começar a mudar de figura.

Para você entender o que está em jogo, conversei com a economista Luiza Nassif Pires, professora do Instituto de Economia da Unicamp e diretora do Made-USP, o centro de pesquisa em macroeconomia das desigualdades da Universidade de São Paulo. A economia do cuidado e da reprodução social estão entre os principais temas de pesquisa de Nassif Pires.

 

Acesse a entrevista: https://www.intercept.com.br/2024/01/09/entrevista-politica-de-cuidado-e-tirar-a-carga-de-trabalho-das-mulheres-diz-economista/