MÍDIA
André Lachini | Da Isto É
Especialistas se debruçam sobre as previsões para a sociedade no pós-pandemia. Dos hábitos sociais aos escritórios do futuro, que serão híbridos com home-office, várias transformações aos poucos se concretizam. O setor de serviços foi o mais atingido por depender basicamente do contato físico. Mas as indústrias também estão sendo obrigadas a se reinventar. A Covid-19 provocou várias desarticulações na cadeia de suprimentos da indústria. Esse fenômeno começou no ano passado e atingiu inicialmente o setor automotivo, que teve prejuízos mundiais de US$ 60 bilhões (R$ 342 bilhões), estima a consultoria Alix Partners de Nova York. No Brasil, além das montadoras, a escassez de matérias-primas e de componentes atingiu os segmentos de máquinas, celulose, construção, embalagens plásticas, papel e papelão e aço. Não houve paralisação total, mas a escassez continua em 2021. Como a pandemia está descontrolada no Brasil, os problemas só devem ser solucionados a partir do 2º semestre.
Guilherme Mello, professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), diz que milhares de pequenos e médios fornecedores quebraram. Segundo ele, o governo, sob pressão do Congresso e da sociedade, agiu rápido em 2020 com o auxílio emergencial, mas errou ao não prorrogar o socorro em 2021. “Outra resposta muito frágil foi a questão do crédito. A falta de financiamento fez muitas empresas literalmente fecharem no 1º trimestre de 2021. Eram produtoras e fornecedoras de insumos”, diz.
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