Luís Barrucho e Daniel Gallas | BBC Brasil

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (22/3) manter em 13,75% a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.

A medida já era esperada pelo mercado. A taxa permaneceu inalterada pela quinta vez consecutiva, apesar da forte pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sua redução.

Economistas também acreditam que os juros devem continuar nesse patamar por mais tempo; uma queda só é cogitada a partir do segundo semestre.

Uma combinação de fatores, entre eles a deterioração na perspectiva de inflação, a piora na percepção do risco-país e a política monetária atual dos Estados Unidos, vem atravancando uma possível redução dos juros, segundo eles.

Mas como os juros nos afetam? O que eles significam na prática para o bolso das pessoas?

"No caso de cartão de crédito, a inadimplência fica entre 30% a 40% no crédito rotativo, tornando a maior taxa de juro entre todos os empréstimos", diz à BBC News Brasil Fernando Nogueira da Costa, professor do Instituto de Economia (IE) da Unicamp.

O mesmo acontece com empresas: juros altos não incentivam tomada de empréstimos para realizar investimentos.

Se há menos investimentos, geram-se menos emprego e, consequentemente, renda.

 

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