Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, o economista também avalia a situação econômica do país e crítica as declarações do governo federal sobre a melhora da economia. “O governo mente sem cerimônia. (...) Neste ano, apesar da relativa melhoria do preço das commodities, da boa safra agrícola, do expressivo déficit primário e dos efeitos anticíclicos da liberação dos recursos do FGTS, a economia está estagnada. O PIB de 2017 deve ficar em torno de 0,5%. Não há nada objetivo que permita imaginar uma recuperação em 2018”.
Na avaliação dele, uma alternativa econômica viável para país deveria “romper a lógica do ajuste neoliberal, o que supõe uma política de ruptura com o Plano Real e a ordem global”. Além disso, sugere, seria preciso apostar nas seguintes possibilidades: “inversão do critério de prioridade implícito na Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece que, primeiro, pagam-se os credores do Estado e, só depois, com o que sobra, se faz políticas públicas; fim da liberdade de movimento de capitais e centralização cambial, único meio de proteger a economia nacional dos efeitos desestabilizadores da fuga de capital; democratização do Banco Central para permitir que a moeda nacional seja utilizada em função das prioridades da economia popular; auditoria política da dívida pública a fim de libertar a economia brasileira do fardo do rentismo; e todas as medidas complementares indispensáveis para que a política econômica possa ser colocada a serviço dos interesses dos trabalhadores”.
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