Enquanto a equipe de Jair Bolsonaro bate cabeça ao redor da necessidade de aprovar em alguma medida a reforma da previdência proposta pelo governo Michel Temer antes do final do ano, a menina dos olhos do futuro superministro Paulo Guedes é uma mudança mais radical. Em mais de uma ocasião, o homem forte da economia do presidente eleito Jair Bolsonaro já afirmou que, a depender dele, o Brasil caminharia para um modelo de capitalização.
Na capitalização, cada trabalhador recolhe uma fatia do seus ganhos mensais para um fundo de investimentos, responsável por gerir a grana e fazer aplicações variadas para ela render. A depender do que for proposto, esses fundos poderiam ser públicos ou privados. Guedes deu indícios de que prefere os últimos.
“Se você ver hoje, a linha de pobreza no Brasil é alta em quem tem menos idade, e baixa conforme aumenta a idade. Entre idosos, é de 7%. Na família de um aposentado, o filho desempregado fica em casa, consegue estudar. É uma renda importantíssima. Se você tira isso, é um problema”, afirma Eduardo Fagnani, professor do Instituto de Economia da Unicamp, que vê com pessimismo as mudanças propostas tanto por Temer, quanto a ideia de capitalização e o modelo de Tafner. “Hoje no Brasil, é muito raro ver velho pedindo esmola na rua. Mas daqui a 20 anos, daqui a 30 anos, nós vamos ter.”
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