Luciano Coutinho | No Valor

Os dados do IBGE mostram que, entre 2013 e 2017, a participação do investimento total no PIB despencou de 20,9% para 15,6%. Considerando os investimentos em infraestrutura, inclusive energia elétrica, a queda relativa foi mais acentuada, de 3,4% do PIB em 2013 para 1,6% em 2017. Em 2018, a expectativa é de modestíssimo crescimento. Olhando para o futuro, há consenso de que a retomada firme dos investimentos é essencial para alcançar uma taxa de crescimento alta e sustentada.

Alguns imaginam que a consecução das reformas fiscais por um novo governo (tais como a redução de subsídios; as reformas previdenciária e tributária) ao restaurar a confiança dos mercados seria, por si, suficiente para deflagrar um robusto ciclo de investimentos.

Vamos com cautela. A elevada ociosidade existente não permite supor que os investimentos da indústria irão exibir ampla recuperação, muito embora em alguns setores a perspectiva seja de expansão, tais como os casos do petróleo e gás e das indústrias química e de alimentos. A construção civil também se defronta com um considerável estoque de imóveis à venda e não está pronta a iniciar um forte ciclo de investimentos.

Não é sensato dispensar participação do BNDES e deve-se estimular a contribuição crescente do mercado de capitais.

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