MÍDIA

 

Embrapa

 

A Reserva Extrativista Chico Mendes, na região sudeste do estado do Acre, criada no final dos anos 1980, surgiu como uma tentativa de integrar o desenvolvimento sustentável — contemplando os pilares ambiental, social e econômico — à conservação da floresta e ao bem-estar das populações locais. Recentemente, uma pesquisa realizada por pesquisadores da Unicamp, Universidade Federal do Acre (UFAC), Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e Embrapa, utilizou a metodologia de Análise de Decisão Multicritério (MCDA) interconectada com o conceito de Carbono Social para mensurar a sustentabilidade da reserva.

Em setembro de 2023, nove líderes comunitários da reserva participaram de uma oficina na Universidade Federal do Acre (UFAC), onde discutiram e ajustaram os indicadores do Índice Multicritério de Sustentabilidade (IMS) da unidade de conservação. O IMS obtido foi de 0,73, considerado satisfatório, com destaque positivo para os indicadores de governança e agronômico. No entanto, os aspectos social, ambiental e econômico apresentaram níveis de sustentabilidade, porém próximos da escala moderada.

A segunda etapa da pesquisa foi a aplicação do IMS junto aos moradores do Seringal Porongaba, uma das áreas da reserva. Nesta região específica, o IMS registrado foi de 0,66, um pouco abaixo da média geral da reserva. Os resultados indicaram que os critérios social, econômico, ambiental e agronômico do Porongaba requerem maior atenção e investimentos para garantir a sustentabilidade a longo prazo. Entre os desafios apontados, destaca-se a necessidade de fortalecimento da governança local, a implementação de medidas mais eficazes no combate ao desmatamento e a criação de incentivos para a geração de renda por meio de produtos florestais, como a borracha e a castanha-do-pará.

 

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