MÍDIA
Bianca Gomes , Guilherme Caetano e Juliana Causin | O Globo
O governador Tarcísio de Freitas apresentou nesta terça-feira detalhes do projeto de lei para a privatização da Sabesp. A operação será feita por follow-on, ou seja, oferta subsequente de ações na Bolsa de Valores — um novo lote de papeis que não existia. A ideia é que o estado de São Paulo deixe de ter o controle majoritário da companhia para ter uma participação acionária entre 15% a 30%. Hoje, o governo é dono de 50,3% das ações.
O projeto foi encaminhado nesta terça-feira para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em regime de urgência. A expectativa do governador Tarcísio de Freitas é que o texto seja aprovado ainda este ano.
O professor do Instituto de Economia da Unicamp, Marco Antonio Rocha, que é crítico à privatização da Sabesp, questiona as motivações do governo e avalia que o processo tem fundo político, e não técnico. Ele lembra que a capacidade de investimento da companhia já é alta, em torno de R$ 5 bilhões por ano, com lucratividade e tem avançado em metas de saneamento.
— A Sabesp é uma empresa bem conceituada e até modelo dentro do setor de saneamento. Também já tem uma participação privada relevante e está inserida em um modelo de gestão que a obriga a ter uma perspectiva privada. E não é uma empresa que o governo coloca dinheiro, pelo contrário —diz ele.
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