MÍDIA

Anaïs Fernandes | Do Valor

Mesmo quando teve seu valor reduzido e regras de acesso mais rígidas, o auxílio emergencial (AE) representou ganho importante para as famílias brasileiras, principalmente aquelas no estrato mais pobre da população, cujo ganho médio com o benefício, ante um cenário em que ele não fosse pago, ultrapassou 70%.

Os cálculos são do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica do Instituto de Economia da Unicamp, a partir da Pnad Covid19 de novembro. Entre abril e agosto do ano passado, foram pagas parcelas de R$ 600 - R$ 1.200 em caso de mulher provedora de família monoparental -, mas os valores de setembro a dezembro caíram para R$ 300 e R$ 600, respectivamente. Ontem, começou a ser paga uma terceira rodada do benefício, que vai de abril a agosto com valores variando de R$ 150 a R$ 375.

Dividindo a população em dez segmentos com a mesma quantidade de pessoas e em ordem crescente de renda total familiar per capita, o estudo observou que, sem o auxílio, a renda efetiva média do primeiro décimo (os mais pobres) seria de R$ 36,47 em novembro, contra R$ 153,19 com o auxílio. O ganho de 76% mostra “a grande desigualdade de renda dentro desse segmento da população quando essa transferência não é considerada”, dizem os pesquisadores.

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