MÍDIA
Grupo de pesquisadores sobre relações de trabalho | Outras Palavras
Entregadores de empresas-plataformas se reunirão, nesta terça-feira (17), com Gilberto Carvalho, secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho. O encontro discutirá as reivindicações da categoria e a proposta do governo Lula para a criação de uma comissão dedicada a analisar a regulamentação do trabalho por aplicativo. Motoboys se articulam para uma paralisação da categoria no próximo dia 25 ao menos em 12 estados. A movimentação do novo governo visa criar canais de diálogo principalmente com os “entregadores independentes” (aqueles sem ligação direta com o movimento sindical) – e estes, por sua vez, temem que a gestão petista priorize as demandas das centrais sindicais. Além disso, amanhã (18) as centrais sindicais, em um encontro em Brasília com Luiz Marinho, ministro do Trabalho, prometem colocar em pauta os direitos dos trabalhadores plataformizados – e a urgência de novos marcos legais.
Neste artigo, pesquisadores mostram que a autonomia e a flexibilização laboral – o sonho de “não ter patrão” – é uma demanda justa dos trabalhadores, mas isso não exige necessariamente uma regulação específica: é preciso garantir um conjunto de direitos já conquistados pela classe trabalhadora ao longo da história, atualizando a legislação trabalhista brasileira e encarando os “aplicativos” pelo que eles realmente são: empresas-plataformas que utilizam a “tecnologia plataforma” em lógicas despóticas e exploratórias. (Rôney Rodrigues, com informações da CUT e da coluna da Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo).