Luiz Gonzaga Belluzzo| Na Carta Capital
Na África do Sul, Barack Obama prestou homenagem a Nelson Mandela na celebração dos 100 anos de seu nacimento. Fez um discurso digno dos melhores pronunciamentos de Franklin Delano Roosevelt. Discorreu sobre as transformações ocorridas nos últimos 40 anos na economia e na sociedade globalizadas.
“Praticamente em todos os países”, afirmou, “o poder econômico desproporcional dos que estão por cima lhes outorgou influência desmedida na vida política e na mídia, com capacidade para decidir as políticas prioritárias e os interesses que devem ser menosprezados (...) Nessa nova elite internacional, muitos se consideram progressistas, cosmopolitas e modernos.”
Na gramática política americana, os liberais, na boa tradição do excepcionalismo yankee, são adversários do liberalismo econômico. Adeptos da intervenção do Estado na economia, os liberals não trepidam em apontar os riscos do capitalismo entregue a si mesmo, ou seja, aos excessos e às insuficiências do mercado desregulado.
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