Pedro Paulo Zahluth Bastos | Na Carta Capital
O cerne da política externa de Donald Trump é a crítica às normas multilaterais globais (o “globalismo”), criadas, difundidas e protegidas por sucessivos governos dos partidos Republicano e Democrata.
O consenso repousava na ideia de que a globalização capitalista, a promoção (seletiva) da democracia e os acordos de segurança regionais atendiam a interesses estratégicos e econômicos sistêmicos dos Estados Unidos, muito embora pudessem implicar em prejuízos sobre empresas e regiões incapazes de competir globalmente.
A crítica de Trump é que as normas globais limitam a soberania norte-americana, prejudicam firmas e trabalhadores industriais e resultam em instituições (ONU, OTAN, OMC etc.) cujos custos de manutenção recaem desproporcionalmente sobre o contribuinte dos EUA.
Trump não venceria no colégio eleitoral sem a atração de sua retórica antiglobalizante sobre o antigo eleitorado democrata nos estados no Midwest, composto por trabalhadores brancos ressentidos com a desindustrialização e com ascensão escolar e profissional de asiáticos, latinos, negros e mulheres.
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