MÍDIA

 

André Catto | G1

 

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,6% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (17). O resultado ficou ligeiramente acima das expectativas de analistas, que esperavam uma alta de 4,5%.

Apesar do avanço, a economia do gigante asiático desacelerou em comparação com segundo trimestre, quando o crescimento foi de 4,7%, abaixo do que previa a maioria dos economistas.

A meta do governo chinês, considerada audaciosa por analistas, é de crescimento de 5% em 2024. Para alavancar o PIB, a segunda maior economia do mundo lançou, então, um pacote sem precedentes, com o intuito de fomentar o consumo e apoiar o mercado imobiliário — áreas que passam por forte crise.

Para o professor Celio Hiratuka, diretor do Instituto de Economia (IE) da Unicamp e coordenador do grupo de estudos Brasil-China, as medidas já anunciadas podem levar a economia do país a uma trajetória de crescimento, "eventualmente até um pouco acima dos 5%".

Ele pondera, no entanto, que isso não deve acontecer neste ano — frustrando as expectativas do governo chinês.

"Esse conjunto de medidas vai demorar para fazer efeito. Mas, potencialmente, pode levar o país a uma trajetória de crescimento de acordo com as suas metas, revertendo o esfriamento dos últimos meses", diz Hiratuka.

 

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