Importa dizer que o Velho Guerreiro José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, tinha razão: quem não se comunica se trumbica. Se já era verdade então, o é muito mais agora, em tempos de pós-verdades duvidosas que determinam ações e reações cotidianas, influenciam fatos relevantes e irrelevantes e pautam e interferem diretamente no desenrolar dos processos sociais em geral. Trumbica-se quem não se comunica, e também se dá mal quem se comunica mal.

Alimentar o mundo ainda é um desafio a ser vencido pela humanidade. Basta lembrar que em 2016 aproximadamente 815 milhões de pessoas viviam em condições de insegurança e insuficiência alimentar (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO, Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo – 2017), e que pelo menos 500 milhões passavam fome.

Diante de tantas conquistas é quase incompreensível, e certamente injustificável, que assim seja. Assumir que o problema não está na esfera da produção de alimentos, e atribuí-lo apenas à pobreza e à consequente falta de acesso aos alimentos, é tão simplista quanto falso. No período recente os preços agropecuários explodiram devido à inclusão ao mercado de apenas uma parcela dos pobres que viviam em zonas rurais – onde se concentra a insegurança alimentar e fome. Foi suficiente para criar sérias dificuldades para vários países importadores de alimentos e agravar ainda mais a situação alimentar de milhões de pessoas. Sem aumentar a produção não há como matar a fome no mundo.

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