Marco Antonio Rocha | Carta Capital

 

A economia global no pós-pandemia definitivamente não será a mesma das décadas anteriores. Ainda que muitas das mudanças em curso já estivessem em marcha no período posterior à crise de 2008, a pandemia acelerou algumas, consolidou outras e inseriu elementos novos na economia global. Entre as tendências que se consolidaram, a proeminência que a política industrial vem adquirindo, em iniciativas de grande porte e com protagonismo entre as políticas econômicas, merece certo destaque.

Nos últimos meses, associações representativas da classe industrial – como a FIESP e a CNI – também se manifestaram sobre a necessidade de construir uma política industrial e de inovação adequada a esse novo cenário de competição global, indicando que enfim o processo de desindustrialização parece ter preocupado o empresariado industrial. Não seria para menos, já que a generalização de grandes programas para o desenvolvimento produtivo e tecnológico, inclusive em países periféricos, e a falta de horizonte sobre o futuro da indústria brasileira deveriam mesmo despertar preocupações.

Na disputa do andar de cima, Estados Unidos, China e Alemanha já haviam definido suas diretrizes para suas novas políticas industriais, científicas e tecnológicas antes da pandemia. Em 2011, os Estados Unidos já haviam lançado sua iniciativa de modernização de sua estrutura produtiva, com a Advanced Manufacturing Iniciative, destinado ao desenvolvimento das tecnologias da chamada Indústria 4.0 e ampliação e desconcentração geográfica de seu sistema de fomento à inovação.

 

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