MÍDIA

Fernando Sarti e Carlos Aguiar de Medeiros | Carta Capital

A vida do brasileiro comum, como sempre, não anda nada fácil. Quase 20 milhões de pessoas com fome e 55% da população em insegurança alimentar, níveis insuportáveis de desemprego e de desalentados, deterioração dos serviços básicos de saúde, educação e saneamento, alta galopante dos preços dos produtos da cesta básica, elevados reajustes de combustíveis, alugueis, tarifas de ônibus e metrô, como se não bastasse a pandemia e o desgoverno federal negacionista.

Mas a crise que assola o país não atinge igualmente a todos. Uma parcela pequena e privilegiada da sociedade tem conseguido ampliar sua renda e riqueza.

Em 2020, segundo a PNAD Contínua do IBGE, o rendimento médio real de todas as fontes (trabalho, aposentadoria, aluguel, pensão, mesada, aplicações e outros) foi de 2.213 reais, contra 2.292 reais em 2019. Já o rendimento médio mensal real domiciliar per capita caiu naquele ano para 1.349, em 2020, contra 1.410 em 2019.

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