A literatura aborda que diversos países, notadamente os países centrais, passaram ou vem passando por uma perda de seus tecidos industriais nas últimas décadas. Isso vem ocorrendo particularmente em função da transferência de diversas atividades produtivas para fora dos territórios nacionais (offshoring), com especial concentração rumo aos países asiáticos.
Por outro lado, é necessário reconhecer que recentemente há um movimento de vários países no sentido de reforçar suas indústrias nacionais (reshoring), como a Indústria 4.0 na Alemanha e a Manufatura Avançada nos EUA.
No Brasil não está sendo diferente, além da falta de competitividade da indústria nacional, e a consequente queda de participação desta no PIB, há iniciativas em andamento que buscam recuperar o setor e/ou desenvolver novos segmentos, como o Plano Nacional de Internet das Coisas e a Estratégia Nacional para a Indústria 4.0.
Nesse sentido, o presente trabalho contribui com um mapeamento sobre as principais tecnologias, e suas bases de conhecimento, com o potencial de absorção setorial para o Brasil e os entraves do ambiente institucional que o cerca. Desse modo, é possível conjugar tanto a política tecnológica como a política industrial em uma mesma ferramenta analítica.
Luiz Daniel Willcox: gerente de estudos setoriais do Departamento de Bens de Capital, Mobilidade e Defesa do BNDES. É economista formado pela UFRJ e doutor em economia pela Unicamp.
Thiago Miguez: economista do Departamento de Bens de Capital, Mobilidade e Defesa do BNDES. É economista formado pela UFRJ e doutor em economia pela mesma instituição.
Gabriel Daudt: economista do Departamento de Bens de Capital, Mobilidade e Defesa do BNDES. É economista formado pela UFRJ e doutorando em economia pela mesma instituição.
Quando: 10 de outubro, às 14h.
Onde: Auditório Jorge Tápia – Instituto de Economia.