"É preciso discutir as atuais políticas educacionais de emprego/trabalho de professores e pensar as formas de resistência face à precarização do trabalho, à flexibilização e às reformas em curso que atacam o ofício de ser professor."
Com esse apelo, a professora Maria Aparecida Neri, docente da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, falou a mais de 500 pessoas durante o IX Encontro Brasileiro da Redestrado (Rede Latino-Americana de Estudos sobre o Trabalho Docente).
A iniciativa foi organizada conjuntamente pela FE, Instituto de Economia (IE) e Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).
O reitor da Unicamp Marcelo Knobel enfatizou que este não é um momento fácil para os gestores e que é um dilema buscar melhores condições de trabalho com os recursos atuais. "Às vezes, temos que realizar ações e buscar encontrar um ponto de equilíbrio para uma boa gestão. Mas não devemos deixar de mostrar para as pessoas que existe educação pública, que ela deve ser gratuita, de qualidade e comprometida com a sociedade", ressaltou. "Precisamos resistir, unir forças para demonstrar a importância da autonomia universitária e do trabalho docente. Isso tudo é fundamental para o país e é um dilema de todos nós.”
O evento prossegue até o dia 10 (sexta-feira) no Centro de Convenções da Unicamp e trata do “Trabalho docente no século XXI: conjuntura e construção de resistência”, com 12 painéis, 43 sessões de comunicação, 300 artigos a serem apresentados e 8 mesas-redondas.
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Com informações da Ascom Unicamp. Foto: Antoninho Perri