Antonio Carlos Carvalho | Diplomatique Brasil

O mercado de trabalho brasileiro vive uma crise dramática. Não há indicador que aponte um cenário positivo para a classe trabalhadora, em curto ou médio prazo. A longo prazo, o cenário pode ser catastrófico. Isso porque as opções político-econômicas do Brasil, no último período, ressaltaram uma tendência neoliberal de desmonte de estruturas de proteção social e regulação do trabalho.

Após o fraudulento impeachment de Dilma Rousseff, a sociedade brasileira assistiu, praticamente inerte, à aprovação da lei de terceirização, à reforma trabalhista, à emenda constitucional de congelamento de gastos públicos, ao fim da política de valorização do salário mínimo, à reforma da previdência, à carteira verde-amarela, entre tantas outras medidas de franca desregulamentação do mercado de trabalho. Esse desmonte, a desindustrialização, a entrega do patrimônio público nacional e a ausência de um projeto de desenvolvimento criam uma soma incapaz de gerar um resultado socialmente positivo.

O neoliberal mais convicto rapidamente correria para afirmar que essas medidas são fundamentais para a modernização da economia, para a flexibilização do mercado e, portanto, para as mudanças necessárias ao Brasil do futuro (sabe-se lá do futuro de quem). É urgente apontar que esse tipo de afirmação é o maior estelionato político-ideológico, vigente no mundo moderno.

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