Uallace Moreira | Carta Capital

 

A economia mundial experimentou nas três últimas décadas um intenso processo de globalização, marcado por modificação de paradigma do sistema produtivo internacional. Particularmente, do ponto de vista da dinâmica produtiva e do comércio internacional, o sistema produtivo tradicional, com uma ampla gama de indústrias, deixou de ser restrito ao âmbito nacional para estar cada vez mais envolvido em uma rede de negócios de caráter fragmentado entre empresas e disperso entre países em escala regional e global.

Sob o comando das transnacionais materializou-se processos de desverticalização (outsourcing) e deslocalização (offshoring) produtiva. Com isso, o processo de manufatura foi fatiado, desde a concepção do produto, passando por insumos e componentes, até o consumo final, com as etapas intermediárias ocupando mais de dois terços do comércio internacional e passando a ser mais importantes do que a etapa final do processo produtivo. Esse processo ficou conhecido como cadeias globais de valor (CGVs).

Uma das crenças da dinâmica do comércio internacional via cadeias globais de valor reside seria que ela proporcionaria um equilíbrio maior na divisão internacional do trabalho, criando uma suposta relação mais simétrica entre as nações na economia internacional.

 

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