Marcelo Miterhof | Diplomatique Brasil

A carteira de renda variável do BNDES teve um ganho econômico de R$ 75 bilhões em cinco anos, mostra matéria do jornal Valor Econômico, de 2/7/2019, considerando a valorização das ações e os proventos recebidos. No fim de março, o valor total de mercado da carteira era de R$ 120 bilhões.

As ações da JBS – o principal investimento no setor de proteínas – tiveram um retorno de 115%, com a carteira de ações avaliada em R$ 14 bilhões, além de R$ 5 bilhões recebidos com vendas, dividendos e outras receitas, para um investimento de R$ 8 bilhões, feitos de 2007 a 2009.

Esses resultados chamam a atenção para dois papéis que a atuação em renda variável (ações e debêntures) tem para um banco de desenvolvimento.

Um é o de trazer retorno que permita reduzir as taxas cobradas dos empréstimos concedidos, em especial os que são intensivos em externalidades (benefícios econômicos que têm dificuldade de serem internalizados nas receitas de um negócio ou projeto, como a redução do tempo de viagem no transporte urbano ou o uso que uma inovação pode ter para mais de um setor). O outro é permitir participar de negócios mais arriscados, que exigem maior base de capital, tendo como contrapartida participar dos ganhos adicionais que a empresa pode obter.

A carteira da BNDESPar – a subsidiária de renda variável do BNDES – tem cumprido essas funções. Contudo, a atuação da BNDESPar tem sido severamente criticada, principalmente por conta da dita “política de campeões nacionais”.

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