Marcos V. Chiliatto e Claudio Amitrano | Diplomatique Brasil

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentaram o relatório Avaliação de desempenho do Brasil Mais Produtivo, que avalia esse instrumento de política industrial, o Brasil Mais Produtivo (B+P). O estudo faz uma análise dessa política iniciada em 2016, no final do governo Dilma, e que foi continuada pelo governo Temer até a conclusão de sua primeira fase, em meados de 2018.

O B+P é um instrumento de promoção da produtividade física intrafirma, voltado a empresas industriais de portes pequeno e médio, por meio de ferramentas de manufatura enxuta. Para esta avaliação foi usado um conjunto de abordagens quantitativas e qualitativas, visando captar tanto os aspectos da formulação quanto os da implementação do programa. Trata-se de um formato de avaliação externa e independente, mas com um enfoque na interlocução política e técnica, tendo como propósito avaliar o grau de cumprimento dos objetivos das políticas e ações, identificar boas práticas e fazer recomendações, visando melhorar os resultados do programa avaliado.

A década de 2000 ficou caracterizada pela retomada da política industrial no Brasil. A inovação foi colocada como variável chave para o aumento da competitividade da base produtiva. O B+P foi o último esforço, até agora, desse ciclo. Entre 2004 e 2008, a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (Pitce) teve como foco o enfrentamento da vulnerabilidade externa, realizado por meio de uma política ativa de agregação de valor às exportações com ênfase na inovação. Já a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP, 2008-2011) teve escopo mais amplo e transversal e objetivou dar sustentabilidade ao ciclo de expansão da economia nacional. Por fim, entre 2011 e 2014, o Plano Brasil Maior (PBM) representou um conjunto de ações de caráter mais defensivo, associado aos efeitos adversos da crise externa e perda da competitividade internacional.

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