Eduardo Costa Pinto | Carta Capital

 

A Petrobras em 2021 registou enormes lucros líquidos (de R$ 106,6/US$ 19,1 bi.) e geração de caixa operacional (R$ 203,1/US$ 37,6 bi.), que se refletiram em um desempenho extremamente favorável, expressos nas suas margens (i) líquida (lucro líquido sobre receitas de vendas) de 23,7% e (ii) de geração de caixa operacional de 45%.

Esse desempenho da Petrobras foi no mínimo duas vezes superior à média do desempenho das maiores petroleiras internacionais em 2021. O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) médio das petroleiras foi de 12%, ao passo que o da Petrobras foi de 27,5%.

O principal fator que explica o superlucro da Petrobras em 2021 foi a sua (1) atual política de preços dos derivados – que utiliza a Paridade de Preço de Importação (PPI) como a premissa para rodar o seu modelo de precificação –, que repassa as variações dos preços internacionais do petróleo para os consumidores brasileiros de derivados. Além disso, também contribuíram para esse superlucro (2) o menor crescimento do custo total de produção de petróleo (CTPP) em decorrência da queda dos custos de extração (lifting cost) com a elevadíssima produtividade dos poços de petróleo do pré-sal; e (3) a redução dos tributos pagos pela empresa em relação a sua capacidade de gerar riqueza.

 

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