José Sergio Gabrielli de Azevedo | Diplomatique Brasil

A ciranda financeira de aplicações apostando contra as variações de preços ainda não definidos, atraindo recursos de outros mercados com aplicações mais tradicionais, foi possibilitada por mudanças regulatórias importantes. Estas reduziram os controles das aplicações, tanto dos fundos de pensão e outros investidores institucionais, que geralmente se mantinham distantes dos mercados de commodities, considerado muito arriscado, como dos bancos que passaram a operar com gigantescas taxas de alavancagem.

Agora, no início dos anos 2020, vivemos uma outra transformação no mercado de petróleo, de contornos ainda indefinidos, com uma grande contração da demanda que limita a lógica rentista dos seus preços, aumentando a importância dos seus custos, assim como uma crescente militância de fundos financeiros, querendo se afastar da exposição ao setor, fugindo de um risco de desvalorização dos ativos no futuro, se a transição energética se acelerar.

Os aplicadores em ações esperam dividendos e crescimento das empresas, os aplicadores em renda fixa esperam um fluxo regular de rendimentos com regras pré-definidas. Os aplicadores em contratos futuros de petróleo esperam ganhar com as diferenças entre preços no tempo, entre diferenciais de tipos de petróleo e entre o produto e os derivados. O aplicador nos mercados futuros procura acertar sua aposta na direção dos preços, que ainda não existem e serão determinados somente no futuro.

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