MÍDIA

Carlos Drummond | Na Carta Capital

A criação, na Câmara dos Deputados, da Frente Parlamentar Suprapartidária em Defesa da Renda Mínima, com todos os partidos exceto o Novo, é um estímulo para uma maior convergência entre economistas liberais e desenvolvimentistas em torno da proposta, acredita o economista Guilherme Mello, professor de economia e diretor do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica do Instituto de Economia da Unicamp. A importância do movimento aumenta com o término, em setembro, do auxílio emergencial de 600 reais mensais e sua substituição, pretendida pelo ministro da Economia Paulo Guedes, pelo chamado Renda Brasil, projeto de renda mínima mensal que prevê a eliminação do Bolsa Família e vários outros programas sociais, com enormes perdas para os beneficiários. Os desenvolvimentistas, diz Mello, veem a renda mínima ou básica como um acréscimo às políticas sociais existentes, que devem ser mantidas, enquanto os liberais a defendem como substituto do estado de bem estar social.

CartaCapital: Como vê a relação entre a constituição da frente parlamentar pela renda básica e a questão das convergências e divergências entre economistas liberais e desenvolvimentistas sobre a renda mínima?

Guilheme Mello: Uma frente abrangente talvez dê um impulso à proposta. O tema renda básica, apesar de não ter o mesmo ponto de partida teórico entre desenvolvimentistas e liberais, ele é capaz de unificar. Existem desenvolvimentistas e liberais que querem o auxílio por motivos diferentes, e que receiam o auxílio por motivos diferentes. Mas me parece que neste momento político, o querer está predominando sobre o recear.

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