Eduardo Fagnani | No DCI - Diário Comércio Indústria & Serviços

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, cogita implementar um modelo de aposentadoria baseado na capitalização, porém especialistas avaliam que o elevado patamar de informalidade do mercado de trabalho brasileiro possa ser um problema.

Hoje, o Brasil tem um sistema de repartição no qual os trabalhadores que estão na ativa financiam a aposentadoria dos mais velhos. Já no modelo de capitalização cada pessoa faz sua própria poupança em conta individual.

Diante da atual conjuntura brasileira, o professor do Instituto de Economia (IE) da Unicamp, Eduardo Fagnani, acredita que a implementação de um sistema de capitalização aprofundaria as desigualdades sociais e econômicas no País.

Ele explica que, neste modelo, há a possibilidade de implantação de uma renda mínima financiada pelo setor público, enquanto às classes médias e altas seria ofertado o modelo de capitalização.

“Neste contexto, as pessoas com renda mais alta passariam a contribuir somente com a sua conta individual e não mais com o regime geral, o que geraria uma perda de receita para financiar as aposentadorias dos mais pobres”, afirma o professor da Unicamp. “Este modelo tem um custo de transição muito alto”, conclui.

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