Pedro Paulo Zahluth Bastos | Na Carta Capital

O debate público sobre a reforma da previdência é talvez o mais desonesto da história brasileira. A campanha de desinformação começou com o governo federal, mas recebeu uma contribuição formidável de alguns especialistas no assunto. Poucos desinformaram mais do que o consultor Paulo Tafner, às vezes em conjunto com o consultor do Senado Pedro Nery e o economista Armínio Fraga.

Para começar, o governo apresentou dados falsificados na primeira publicação entregue à imprensa depois do escândalo gerado pela decretação do sigilo dos dados que justificavam a reforma. Sério, o governo decretou sigilo dos dados, como se tivesse tudo a esconder.

E tinha. Os dados detalhados nunca foram liberados, mas em 25 de abril a apresentação à imprensa continha dados falsificados que alegavam que a reforma reduzia privilégios dos trabalhadores do setor privado com maiores salários e aumentava os subsídios para os trabalhadores mais pobres.

Para entendermos a mentira, é preciso compreender que hoje, na aposentadoria urbana, pode-se aposentar por idade ou por tempo de contribuição. Por idade, é necessário alcançar a idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 para homens, com pelo menos 15 anos de contribuição. Neste caso há um desconto de 15% do salário médio para a aposentadoria, que diminui 1% a cada ano extra de contribuição.

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