Ana Luiza Matos Oliveira, Marcio Pochmann e Pedro Rossi | No Nexo

É anacrônico o argumento de que a educação superior brasileira serve apenas à elite. Nos últimos anos, observa-se uma “deselitização” dessa etapa e uma convergência entre o perfil do estudante e o perfil médio da população brasileira, o que configura uma democratização do acesso à educação superior, ainda que persistam importantes desigualdades. Mas esse processo pode estar ameaçado pelas atuais políticas para o setor.

No início do século 21, além do crescimento e melhoria do mercado de trabalho, que afetam as decisões de gasto das famílias, a subfunção educação superior teve um crescimento real acentuado. Foram criados/expandidos o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), as ações afirmativas, o Pnaes (Programa Nacional de Assistência Estudantil), o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

Políticas em parceria com o setor privado – como as duas últimas – estão relacionadas ao crescimento das matrículas em IES (Instituições de Ensino Superior) privadas, mas sem alterar muito a participação das matrículas privadas no total: de 2002 a 2017 oscila entre 70% e 75%.

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