De acordo com informações divulgadas pela Folha de S.Paulo nesta semana, o governo retirou o benefício do Bolsa Família de 5,2 milhões de brasileiros após verificar pagamentos irregulares entre o segundo semestre 2016 e maio deste ano. Também foram cancelados 478 mil de auxílios-doença e aposentadoria por invalidez, totalizando 5,7 milhões de benefícios cancelados. A apuração destes gastos irregulares ficou a cargo do Cmap (Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas) que informou uma redução de R$ 10 bilhões nesses programas após os cortes.

O professor de economia do Instituto de Economia da Unicamp, Guiherme Mello, afirmou que essa “é uma escolha política que o governo tentará travestir com o lema da moralidade”.

“A revisão dos benefícios sociais deve ser feita de tempos em tempos, mas essa questão é bastante difícil e complexa. Porque com esse número [de cancelamentos] dá a entender que há um excesso de rigor por parte do governo exatamente para não aumentar o investimento no Bolsa Família. Com isso, ele justifica essa ação com um argumento moralista sobre a pessoa que não merece receber quando, na verdade, o aumento da pobreza e da miséria mostram que há cada vez mais pessoas que precisam desse benefício”, explicou o professor da Unicamp.

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