Imprimir
Mídias
Acessos: 86

MÍDIA

 

A ascensão chinesa na era da inteligência artificial é resultado de uma estratégia que integra soberania política e tecnológica, conforme análise do economista Célio Hiratuka no programa Três Pontos , realizado nesta quinta-feira (24). Diretor do Instituto de Economia da Unicamp, Hiratuka apontou que poucos países têm condições de implementar um modelo de desenvolvimento integrado como o adotado pela China, cujas bases foram lançadas durante a Revolução Nacionalista de 1949.

“A singularidade desse processo vai além de uma simples industrialização. Trata-se de uma transformação profunda que envolve urbanização em larga escala”, afirmou.

De acordo com o economista, a China se beneficia de uma tradição milenar de organização estatal centralizada, o que permite ao governo coordenar cadeias produtivas e alinhar crescimento econômico à inclusão social. A legitimidade do Partido Comunista Chinês está atrelada à capacidade de reduzir desigualdades, o que impulsiona investimentos estratégicos em infraestrutura, inovação e empresas nacionais de alta tecnologia.

“A dependência de empresas estrangeiras, como Siemens ou Cisco, não é viável para um projeto de longo prazo. É necessário ter empresas como a Huawei ou indústrias de trens rápidos. Essa autonomia tecnológica é parte essencial da soberania política”, declarou Hiratuka.

 

O programa completo está disponível no seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=Q4nXdOZN4SY